A Prefeitura de Igarapé-Miri pode
enfrentar problemas judiciais após a divulgação do concurso público sem a realização
de processo licitatório, etapa necessária para que a administração pública crive
a empresa com propostas mais vantajosas para o município.
O Prefeito Municipal de Igarapé-Miri
Ronélio Quaresma (Toninho Peso Pesado) utilizou-se das redes sociais para
anunciar a realização do certame e ao mesmo tempo divulgou que a banca
organizadora deverá ser a FADESP, e que o “processo de contratação da empresa
já está sendo providenciado”. O anúncio ocorreu sem qualquer transparência e
procedimento na comissão de licitação do município.
O Termo de Ajuste de Conduta – TAC,
assinado entre Prefeitura e Ministério Público ainda na gestão Antoniel Miranda
não exime que o gestor público deixe de cumprir todas as etapas necessárias visando
à lisura na condução do concurso. A intervenção direta do Secretário Municipal
de Administração na contratação da FADESP, compromete a lisura do certame pois
isso obrigatoriamente deveria ter sido efetuado pela Comissão de Licitação (CPL). O fato, desprovido de transparência não é
muito correto e pode gerar tendências para beneficiar parentes, amigos e correligionários.
Em todo Brasil, diversos concursos
públicos realizados através de dispensa de licitação tiveram problemas com a
justiça. A “dispensa de licitação” em concursos deve ser exceção, dizem
juristas ouvidos pelo Jornal Independente.
Em matéria divulgada pelo Portal G1 a advogada especialista
em direito administrativo Marcia Buccolo alerta que “sempre é um risco assumido
pela administração quando ela opta por não fazer a licitação”. O Ministério
Público, a Câmara de Vereadores ou qualquer cidadão pode recorrer à justiça nesses
casos, atrasando ou anulando o certame.
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